terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O CNPq não quer Pesquisa em educação

 
Na identificação dos impasses de nosso desenvolvimento sócio-econômico, a necessidade de melhoria na educação é unanimidade. Só não disseram isto para o CNPq.

Os burocratas da ciência em Brasília lançaram um ambicioso programa de internacionalização da ciência no Brasil: Ciência sem fronteiras. O programa tem uma meta de 75.000 bolsas até 2015 em diferentes níveis de atuação.


Modalidade
Nº de Bolsas
Doutorado sanduíche
24.600
Doutorado pleno
9.790
Pós-doutorado
11.560
Graduação sanduíche
27.100
Treinamento de Especialista no Exterior (empresa)
700
Jovem Cientista de grande talento (no Brasil)
860
Pesquisador Visitante especial (no Brasil)
390
Total
75.000



O programa é enfático em destacar que serão apoiados projetos de "excelência internacional nas áreas prioritárias do Programa Ciência sem Fronteiras". 


Quando lemos as áreas prioritárias, a decepção:  Pesquisa em Educação não é prioridade.
Aguardo neste momento o pronunciamento do CNPq se  "não é prioridade"  ou se "não será fomentado de forma alguma".


Num momento de uma dramática internacionalização da educação, de avanços tecnológicos e novos paradigmas, o "esquecimento" da área de educação é profundamente lamentável!


Estou convencido de que a grande maioria das decisões "reguladoras" que estão em implementação na área de Ciência e Tecnologia que são criadas pelo CNPq, CAPES e agências estaduais como FAPEMIG e FAPESP são danosas ao desenvolvimento científico do País.


Link do Programa: http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf/home

PS.:  A resposta do CNPq foi curta e grossa: não são áreas prioritárias, são exclusivas. Educação não faz parte das preocupações da agência.

Isto me faz lembrar o nascimento do projeto PhET - vejam neste blog AQUI  - Foi necessário que Carl Wieman colocasse todo o peso de ser um laureado pelo prêmio Nobel para iniciar o projeto de desenvolvimento de Softwares Educacionais em Física na Universidade do Colorado, por acreditar que o desenvolvimento de novas tecnologias educacionais é fundamental para o despertar de novos cientistas. Como este pobre País não possui um único Nobel, não temos esperanças de convencer a CAPES e o CNPq deste erro!

Um comentário:

Ben Hur disse...

De fato é lamentável que não haja apoio à Educação. A Educação é a base de qualquer país desenvolvido.