Na coluna da Miriam Leitão hoje tem uma afirmação interessante do criador do Paradoxo de Giddens.
O "Paradoxo de Giddens" é o seguinte: "os riscos da alteração da temperatura do Planeta não são visíveis, quantificáveis e tangíveis agora, quando ainda há tempo de fazer alguma coisa; quando forem tangíveis, não haverá mais tempo".
Com esta visão apocalíptica, Antony Giddens faz um paralelo com Martin Luther King. Ele afirma em seu livro que o pastor negro jamais teria conseguido tantos seguidores se, em vez de dizer "eu tenho um sonho", ele dissesse "eu tenho um pesadelo".
O solicialismo da era Stalin a Gorbatschov provou que o meio ambiente era para ser destruído. Ninguém polui mais do que a China hoje. Assim, o socialismo não contribuiu de forma positiva para a discussão. Mas sempre tive dúvidas se o capitalismo, com a voracidade das empresas engajadas em produtividade e lucro, seria capaz de evitar a catástrofe ambiental. Hoje, o esforço europeu para encontrar saídas supra-ideológicas para a questão do meio ambiente me deixam esperançoso. Quem sabe o homem não seja, no fundo, um ser racional?
Por enquanto vale a afirmação de Giddens: "Eu tenho um pesadelo..."
