sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

A Conciliação é indivisível


A luta contra o Apartheid foi reconhecida mundialmente, de forma expressiva, pelo fato de dois ativistas negros da África do Sul terem recebido o prêmio Nobel da Paz. Um deles, Mandela, morreu esta semana!

O último herói da liberdade, ficou 26 anos preso na Ilha Robben, lá ocupava a cela com número 466/64, de onde saiu para ser eleito Presidente da África do Sul. Fez um governo de conciliação, mas perdeu a oportunidade de empreender uma grande redistribuição de renda no País.

Nomeou o bispo anglicano Desmond Tutu, o outro prêmio Nobel da África do Sul, como presidente da Comissão da Verdade e da Reconciliação. Li na Alemanha, em meados da década de 80, o livro de Tutu "Die Versöhnung ist unteilbar" ("A conciliação é indivisível"), onde Tutu delineia o seu pensamento de uma reconciliação para a sociedade sulafricana, baseada na tolerância e na firmeza de carácter, que sempre acompanhou a ambos os protagonistas desta linda história de nosso século.

No filme Invictus, dirigido por Clint Eastwood em 2009, uma bela leitura desta luta pela  reconciliação do País.

No maravilhoso discurso em sua defesa no final do processo que o levou à prisão, Mandela concluiu:

"Durante a minha vida, dediquei-me a essa luta do povo africano. Lutei contra a dominação branca, lutei contra a dominação negra. Acalentei o ideal de uma sociedade livre e democrática na qual as pessoas vivam juntas em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal para o qual espero viver e realizar. Mas, se for preciso, é um ideal pelo qual estou disposto a morrer"

O mundo ficou um pouco mais cínico com a ausência de Mandela! Obrigado, Madiba! Todos somos africanos e temos orgulho, como você.

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