Na identificação dos impasses de nosso desenvolvimento sócio-econômico, a necessidade de melhoria na educação é unanimidade. Só não disseram isto para o CNPq.
Os burocratas da ciência em Brasília lançaram um ambicioso programa de internacionalização da ciência no Brasil: Ciência sem fronteiras. O programa tem uma meta de 75.000 bolsas até 2015 em diferentes níveis de atuação.
Modalidade
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Nº de Bolsas
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Doutorado sanduíche |
24.600
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Doutorado pleno |
9.790
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Pós-doutorado |
11.560
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Graduação sanduíche |
27.100
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Treinamento de Especialista no Exterior (empresa) |
700
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Jovem Cientista de grande talento (no Brasil) |
860
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Pesquisador Visitante especial (no Brasil) |
390
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Total
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75.000
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O programa é enfático em destacar que serão apoiados projetos de "excelência internacional nas áreas prioritárias do Programa Ciência sem Fronteiras".
Quando lemos as áreas prioritárias, a decepção: Pesquisa em Educação não é prioridade.
Aguardo neste momento o pronunciamento do CNPq se "não é prioridade" ou se "não será fomentado de forma alguma".
Num momento de uma dramática internacionalização da educação, de avanços tecnológicos e novos paradigmas, o "esquecimento" da área de educação é profundamente lamentável!
Estou convencido de que a grande maioria das decisões "reguladoras" que estão em implementação na área de Ciência e Tecnologia que são criadas pelo CNPq, CAPES e agências estaduais como FAPEMIG e FAPESP são danosas ao desenvolvimento científico do País.
Link do Programa: http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf/home
PS.: A resposta do CNPq foi curta e grossa: não são áreas prioritárias, são exclusivas. Educação não faz parte das preocupações da agência.
Isto me faz lembrar o nascimento do projeto PhET - vejam neste blog AQUI - Foi necessário que Carl Wieman colocasse todo o peso de ser um laureado pelo prêmio Nobel para iniciar o projeto de desenvolvimento de Softwares Educacionais em Física na Universidade do Colorado, por acreditar que o desenvolvimento de novas tecnologias educacionais é fundamental para o despertar de novos cientistas. Como este pobre País não possui um único Nobel, não temos esperanças de convencer a CAPES e o CNPq deste erro!
Um comentário:
De fato é lamentável que não haja apoio à Educação. A Educação é a base de qualquer país desenvolvido.
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