A versão 1.4 da distro com a linda esfera 3D no papel de parede. Projeto gráfico desenvolvido como objeto 3D com refração utilizando o Blender. |
O sonho acabou, mas, como o amor, foi eterno enquanto durou! Há dez anos nascia o Muriqui Linux. |
Na Distrowatch em 2005 (link) |
Uma história, muitos personagens!
João Fernando (criador e editor da Revista Espírito Livre), Renato Araújo e André -então estudantes do curso de Ciência da Computação da Faculdades Integradas de Caratinga- nos procuraram em 1998. Queriam experimentar o Linux e gostariam do apoio da instituição. Estações de trabalho para testes foram disponibilizadas e tudo começou. Em 1999 toda a infraestrutura de laboratórios e conexão da instituição foi implementada em Linux. Os alunos participaram da instalação do primeiro servidor, pelo João Paulo, da Microhard. Todos os outros servidores foram implementados com recursos humanos desenvolvidos pelo projeto na própria instituição. Dos alunos que acompanharam a instalação, todos posteriormente se tornaram tutores que alavancaram a absorção da tecnologia na instituição.
Nos anos seguintes, muitos se juntaram ao projeto e se tornaram os desenvolvedores da distro Muriqui Linux, lançada em janeiro de 2005, em Teófilo Otoni. Na coordenação de desenvolvimento a Gicele, o Rômulo (trágicamente falecido em um acidente de automóvel na "rodovia da morte - BR 381") e o Reinaldo Moreira; o Raphael Valente nas artes; a Raquel Borsari no marketing. O FISL de 2005 marcou o lançamento nacional do projeto, que viria a ser adotado pelo Ministério da Educação como distro básica do projeto ProJovem naquele ano. Foi instalado em 32.000 máquinas, o primeiro Linux Educacional do MEC!
No desenvolvimento da versão 1.4 chegaram os brilhantes "meninos" Jacson Rodrigues (Jeiks hoje professor na UFES) e Ronoaldo. O brilhantismo de Ronoaldo podia ser atestado pelo apelido: Harry Potter. Sob a batuta dos "magos", Jeiks e Harry, nasciam os descendentes: ProLinux e VixLinux. Esta fase, já na Flux, com o Jacson Tiola deslanchando o CMS Plone, bem à frente de seu tempo.
O projeto Muriqui Linux perdeu sustentabilidade quando os seus principais desenvolvedores foram contratados pelo governo federal, em Brasília, para a implantação do projeto de Software Livre na administração pública federal, a partir de 2003.
Hoje, das 27 distros que já existiram, apenas duas distros linux brasileiras estão ativas. Os ideais do Muriqui Linux, o sonho de uma distro Debian, para iniciantes, de fácil instalação, se concretizou depois com o Ubuntu!
O Muriqui Linux morreu, mas os ideais vivem no Ubuntu!
3 comentários:
Ei Ulisses, muito legal essa história. Acompanhei o início desse projeto. Que bom que ele foi longe e teve sucesso. Parabéns pela iniciativa e pela formação de muitas outras cabeças com esse ideal.
Obrigado, Alimatéia!!
Por que a iso saiu da Internet :-(
Postar um comentário