Charge de autoria desconhecida, acessada em http://migre.me/5xIA6
Os representantes de pais e alunos receberam da Secretária, ex-reitora da UFMG, Ana Lúcia Gazolla, a promessa de que "não há possibilidade de perda do ano letivo". (SIC)
É assim como se numa greve dos metalúrgicos, carros deixassem de ser fabricados, e se entrasse na justiça com ação para rebobinar o tempo.
Desde minha participação em greves na UFMG na década de 90 - onde era reitora a própria Gazolla e ficamos 4 meses de greve -, nunca entendi como os sindicatos dos professores aceitam a cláusula de reposição de aula. Já dizia Cazuza, "o tempo não para".
Enquanto a greve de professor for "com reposição" nunca será levada a sério. Nem pelos políticos, nem pelos pais, nem pelos alunos. Este é o círculo vicioso. O governo - aqui não há nenhuma diferença entre o PSDB de Anastasia, Aécio e FHC, ou o PT de Lula e Dilma - trata a questão salarial dos professores como assunto a adiar.
Amanhã faremos a paralização das Universidades Federais.
Aos meus alunos, infelizmente, já está claro: é paralização, não é feriado. Sem reposição!
PS.: 87% dos ajustes salariais negociados este ano foram acima da inflação. O governo Dilma propõe 4% para as Universidades e Institutos Federais, após todos os anos de arrocho salarial da era Lula. Inaceitável. A proposta do governo só melhora um pouco por propor acabar com algo impensável em um País sério: incorporar as gratificações inventadas pelo PSDB de Fernando Henrique Cardoso. Elas são inconstitucionais e ferem o mais elementar dos direitos trabalhistas: gratificação para dar aula, atividade fim da contratação de professores. Mas perduraram durante todo o governo Lula/Haddad, o que demonstra que o PT é tão insensível à questão da Educação quanto o PSDB.
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